quinta-feira, 25 de julho de 2013

Lycans



                                     Lycans



No folclore, licantropia é a capacidade ou maldição caída sobre um homem que se transforma em lobo (lobisomem). Em psiquiatria, é um distúrbio aonde o indivíduo pensa ser ou ter sido transformado em qualquer animal. O termo provém do grego lykánthropos (λυκάνθρωπος): λύκος, lýkos ("lobo") + άνθρωπος, ánthrōpos ("homem").

Licantropia é uma palavra que têm origem num vocábulo grego composto de Lykos (lobo) e tropos (forma). Significa, segundo a crença popular, a transformação de um homem num lobo ou a metamorfose, de que determinados seres humanos se transformavam em lobisomem. Esta crença popular é antiga e teve sua origem na Idade Média, e segundo estudiosos está ligada diretamente a bruxarias. Existem alguns espiritualistas, que comprovada esta materialização de espíritos, em várias partes do mundo, experiências ou experimentações, já debatidas por alguns curiosos, é o que pode se chamar de um fenômeno ainda insuficiente esclarecido.

 Pode-se também classificar a idéia como lendas ou rumores. Supunha-se que esses lobos eram feiticeiras, possuídas do segredo de se transformarem em bestas, graças aos seus poderes mágicos. Milhares de pessoas, supostas de se entregarem a essas metamorfoses diabólicas, foram queimadas nesse período. Queimaram-se até mesmo alguns “espíritos mais fortes”, que se recusaram a aceitar a existência dos lobisomens como um tal Guilherme de Lure em Poitiers, na França, segundo relato do escritor francês Ruffat em La Superstition a travers lês ages (1977).

 Em 1573 um decreto do parlamento de Dôle na França, (região do Jura, (perto da fronteira com a Suíça) determinava que fossem abatidos os lobisomens. Claude Seignolle em Lês evangiles du Diable (1967) conta que no Perigord (perto de Burdeos) determinados homens, notadamente os filhos de padres, eram forçados, a cada lua cheia, a se transformarem em lobisomens. Era nessa noite que o mal os atingia. Eles só retornavam à forma humana depois de terem agredido ou assassinado suas vítimas. Existe alguma realidade nestes relatos? Seguramente a transformação do homem em lobo jamais existiu, mas temos fatos até recentes que nos oferecem certas explicações. O mais famoso licântropo de que temos referências históricas é o rei armênio Tiridat III (287- 330?), que foi curado pelo patriarca Gregório, o Iluminador. Mas escutemos a medicina atual).
Licantropia, ou Zoantropia, fenômeno de materialização do corpo astral ou perispiritual de determinadas pessoas, e que surge por desejo próprio ou sem desejo algum. É o que foi denominado pelo povo de “lobisomem” (Lobishomem). Como é sabido e notório para que exista o fenômeno da materialização, se faz necessário à presença de médium doador da substância condenável a que foi dado o nome de ectoplasma. Dizem, que esse revestimento tanto pode acontecer com espíritos desencarnados, entidades que não possuem corpo físico, como também com a alma semiliberta do próprio doador da substância. Descontado o quanto houver de fantasia em alguns casos, chega-se a acreditar não ser assim tão absurda a popular crença na existência de lobisomem.

 Você acredita? Ou não? É, certo, que existe uma doença da qual temos conhecimento de alguns relatos históricos que confirmam esta crença. No castelo de Ambras, perto de Innsbruck, no Tirol austríaco, se conservam vários quadros que representam um adulto e duas crianças com o rosto coberto de cabelos e uma expressão feroz. Não são mitos ou imagens.
Os protagonistas destes retratos viveram realmente. O adulto chamava-se Pedro González e nasceu no seio de uma família, acomodada faz 400 anos, das ilhas Canárias. Apenas alcançada a puberdade, experimentou os sintomas de um hirsutismo feroz, uma hipertricose (crescimento de pêlos anormal do grego thrichós gernitivo de thrix pelo) desmesurada que cobriu inteiramente seu corpo de pêlos. O hirsutismo é o aumento de pêlos terminais como os pêlos da barba masculinos. Pode acompanhar uma anormalidade endócrina. A hipertricose é o aumento de pêlos locais sem causa hormonal e sem predileção especial por lugar de aparecimento. Pode ser idiopático (sem causa notável) ou decorrente de doenças ou remédios. Que fique bem claro, não estamos afirmando que seja verdadeiro o fenômeno, mas como fez corajosamente o sábio inglês, William Crookes, a respeito de materialização de espíritos, porque nunca executamos tal experiência, porém, ressalte-se: a sua possibilidade é aceitável diante dos procedentes. Corpo, matéria e espírito (alma) são componentes do homem e corpo plástico (perispírito ou corpo astral), esse corpo espiritual plástico que pode desprender-se e apresentar-se a muitos quilômetros de distância, depois de materializado toma a forma do pensamento ou vontade do sensitivo. Esse desprendimento pode acontecer no estado inconsciente e é suscetível de receber sugestão.


Voltando ao caso de Pedro, como resultado de sua enfermidade todos se afastava dele. O chamava feto do diabo, aborto do inferno . Aos 25 anos viajou a Paris donde diziam havia um doutor que poderia curar sua doença. Não deu certo. As pessoas fugiam atemorizadas, as crianças choravam ao vê-lo, e os cachorros o perseguiam latindo. Somente uma mulher teve compaixão dele e devido à sua doçura e carinho recuperou a auto-estima e casou com ela. Mas o drama continuou porque os dois filhos nasceram com a mesma enfermidade por herdar os genes paternos. Recorreu Pedro ao professor Félix Plater de Basiléia, um dos melhores especialistas da época. Mas tudo foi inútil. Não houve outro jeito a não ser se tornarem bobos da corte do Imperador Fernando II da Áustria que mandou imortalizá-los em respectivas pinturas a óleo. Modernamente dá-se importância à outra doença mais comum: o lupus eritematoso (lobo vermelho). Não que transformasse todo o corpo, mas em razão de que esta doença ataca o rosto, contornando-o como se fosse uma máscara de carnaval avermelhada em forma de borboleta, ou deixando as pessoas com aparência de lobos. Um outro aspecto é o das convulsões devido à desordem neurológica que acompanha a doença, causando psicoses desequilibrantes.
A doença afeta hoje a 1,4 milhão de americanos e um de cada 250 mulheres afro-americanas entre 18 e 65 anos. Além de seu aspecto, semelhante ao de um lobo, origem da designação, os doentes afetados por esta doença só saiam à noite pois as radiações solares agravam suas lesões. Além disso, essa doença é acompanhada às vezes, pelo hirsutismo. Era suficiente vislumbrar um paciente, à noite, para acreditar no lobisomem, que na literatura oriental seriam homens-tigre. Até o século XIX era hábito entre os camponeses evitar os passeios durante as noites de lua cheia. Acreditava-se que, além de correrem o risco de encontrarem um lobisomem, poderiam também se transformar em um deles. Com base neste mito, Stevenson (+1886) escreveu o seu romance The Strange case of Doutor Jekill and Mr Hyde. Segundo certos especialistas, como Jung, a influência do ciclo lunar sobre os impulsos sexuais agressivos pode ser explicada cientificamente. Mas no lupus trata-se das doenças chamadas porfirinas grupo de enfermidades genéticas cuja causa é o mau funcionamento da seqüência enzimática do grupo HEM ou HEMO da hemoglobina, o pigmento vermelho do sangue. Este grupo é o que transporta o oxigênio às células do organismo. Este grupo é um composto ferroso com protoporfirinas e de acordo com as leis de Mendel é dominante de modo que qualquer erro na herança produz as doenças chamadas de PORFÍRIAS.


Os resultados destas doenças são: Foto-sensibilidade, produto da acumulação das porfirinas metálicas na pele ocasionando sérias lesões. HIRSUTISMO: para se proteger da luz o organismo faz com que cresçam pelos no dorso das mãos nas bochechas, no nariz. O doente foge da luz do dia e, se sai, será à noite. As porfirinas da pele absorvem a energia luminosa e transmitem essa energia ao oxigênio que provém da circulação. Com o excesso de porfirinas se libera oxigênio atômico ou monoatômico que é altamente reativo e produz a destruição dos tecidos à pele apresenta zonas de coloração e de descoloração e os dentes se tornam vermelhos; tudo o que o aproximava do lobo. Por outra parte, o lobo era temido na Europa pela doença da raiva. Os lobos provinham da Polônia ou da Baviera e eram capazes de percorrer grandes distâncias em poucos dias. Após atravessar a Alemanha, entravam na França pela “via dos lobos”, situada entre Wissemburg e Sarreguermine (região das Ardennes perto de Metz), antes de se espalhar por todo o território. É precisamente donde se deu a maioria dos casos de bruxaria na França e Alemanha. Não quero com essas afirmações que sou médico por usar essas terminologias científicas, mas sim fruto de minha curiosidade e de pesquisador que sou, aliás todo jornalismo com o passar do tempo se torna grande pesquisador, hoje a maior parte dos estudiosos são pesquisadores por excelência.


André Luis, espírito de escol, que nos tem dado belíssimas e instrutivas mensagens através do saudoso Francisco de Paula Cândido Xavier, conta-nos o caso de um espírito que tomou momentaneamente a força de um lobo, por forte sugestão de outro espírito. Se uma pessoa de instinto animalesco ou animal, se materializa, provoca ou não, no seu corpo astral impressões aparentes de lobo, cão ou mula (burro). A sugestão é capaz de provocar muitas alterações, inclusive doenças graves. Precisamente os lobos furiosos eram considerados como animais venenosos, segundo esta prece dirigida a S. Humberto: “Protegei-me dos lobos loucos, dos cachorros loucos e das víboras”. E o santo era o padroeiro da região das Ardennes. A mesma doença que é chamada de hidrofobia.

Catharine.




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